O Vinho
O Rio Grande do Sul já produzia bom vinho, ao estilo português, antes da chegada dos italianos, em 1875. Em Rio Grande, Rio Pardo e no Alegrete, os viajantes e cronistas do século XIX sempre destacavam a produção de vinho. Mas foram os italianos e seus descendentes os que elevaram a produção do vinho gaúcho a níveis internacionais em matéria de variedade e qualidade.O vinho artesanal, "de cantina", como se diz, é produzido muito facilmente, só precisando de observação permanente. Colhe-se a uva e, com casca e talos, a fruta vai para um grande recipiente, onde será "pisada", macerado com os pés até virar uma polpa. Essa massa pastosa vai para uma pipa, colocada em nível superior. Aí fermentada e os detritos boiam. Esses detritos são retirados, depois da fermentação e o mosto passa para uma pipa, colocada em nível mais inferior, um degrau grande abaixo da primeira fermentação. Aí, fermenta de novo. REtiram-se de novo os detritos que boiam e o líquido já quase vinho passa, finalmente, para a última pipa, colocada ao rés do chão. Aí amadurece até virar vinho. Simples. Apesar de toda a sofisticada industrialização, do uso de fermentos especiais, ainda se faz vinho assim no Rio Grande do Sul, sem qualquer química extra.
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