A Canha
A destilação do suco fermentado da cana-de-açúcar é conhecido em várias partes do mundo, mas no RS alcançou destaque especial na região do Litoral Norte, sendo mais famosa a cachaça "azulzinha" de Santo Antônio da Patrulha e a "marisqueira" de Torres. Permitindo várias misturas, a canha é muitas vezes usada até como remédio. Sempre se disse entre os gaúchos que canha tem que ser feita por "pelo-duro", cerveja por "alemão-batata" e vinho por "gringo".Planta-se cana-de-açúcar de pouca variedade nas terras altas do litoral. A cana, quando madura, é moída em moinhos rústicos movidos a tração animal e o sumo expremido é chamado garapa, líquido verde, grosso, adocicado e espumoso. O líquido é deixado para fermentar até borbulhar. Isto posto, é colocado no alambique para ferver em temperatura ideal. O melhor alambique é o feito de cerâmica, mas o mais comum é o de cobre. A fumaça do líquido em ebulição escapa pela serpentina, refrigerada a àgua, e se condensa na forma de aguardente, a cachaça (C2H5OH - CH3-CH2-OH - Etanol). A primeira aguardente destilada é a mais forte de todas e é chamada "cachaça-de-cabeça".
No Rio Grande do Sul é comum se fazer cachaça de abacaxi, de mandioca, de casca de uva (chmada graspa) e até de batata inglesa.
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