Geografia
O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 281.748,538 km²
[1] (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do
Equador) e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Todo o seu território está abaixo do
Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da
região Sul, fazendo fronteiras com o estado de
Santa Catarina e dois países:
Uruguai e
Argentina. É banhado pelo
oceano Atlântico e possui duas das maiores
lagoas do
Brasil: a
Lagoa Mirim e a
Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores
lagunas do mundo: a
Lagoa dos Patos, que possui
água salobra.
Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.
Geologia e relevo
O
estado do Rio Grande do Sul apresenta, em sua maior parte,
relevo baixo, com setenta por cento de seu território a menos de 300m de
altitude. A única porção elevada, com mais de 600m de altitude, no
nordeste, compreende 11% da superfície total. Podem-se descrever quatro unidades
morfológicas no estado: a
planície litorânea, o
planalto dissecado de sudeste, a
depressão central e o
planalto basáltico.
- Planície litorânea
Toda a fachada
leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que consiste em
terrenos arenosos com cerca de 500 km de extensão no sentido nordeste-
sudoeste e largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais quanto nas ocidentais das
lagoas dos
Patos e
Mirim. Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro delas. Ao contrário do que acontece no interior das lagoas, a linha da costa apresenta traçado regular. A planície litorânea é constituída pela justaposição de cordões litorâneos (
restingas), que às vezes deixam entre si espaços vazios ocupados por lagoas alongadas ou
banhados (antigas lagoas colmatadas).
- Planalto Dissecado de Sudeste
Também denominado impropriamente
Serras de Sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500 m. Trata-se de um
planalto antigo, cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns
rios. Esses
terrenos pré-cambrianos constituem o chamado escudo rio-grandense e ocupam toda a porção
sudeste do
estado, formando uma área triangular cujos vértices correspondem aproximadamente às
cidades de
Porto Alegre,
Dom Pedrito e
Jaguarão. O conjunto está dividido, pelo
vale do
rio Camaquã, em duas grandes unidades, uma ao
norte e outra ao
sul, denominadas
serras de Herval e Tapes, respectivamente. É o domínio típico das
campinas, cuja melhor expressão é encontrada na
campanha gaúcha.
- Depressão Central
Constituída por terrenos da
era paleozóica, a
Depressão Central forma um arco em torno do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte,
oeste e sul. Forma um amplo corredor com aproximadamente cinquenta
quilômetros de largura média e 770 km de extensão, dos quais 450 no sentido
leste-oeste, 120 no sentido norte-sul e 200 no sentido oeste-leste. A
topografia suave e a pequena
altitude em relação ao
nível do mar (menos de cem metros), permitem classificar a depressão central como uma
planície suavemente ondulada.
- Planalto Basáltico
A porção
norte e
oeste do
estado é ocupada pelo
Planalto Basáltico, que descreve uma meia-lua em torno da
depressão central. Esse planalto, que tem como traço marcante a estrutura
geológica, é formado pelo acúmulo ou empilhamento de sucessivos derrames basálticos (isto é, derrames de
lava), intercalados de camadas de
arenito. Alcançam espessura muito variável. No
nordeste do estado registra-se a espessura máxima, responsável pela maior elevação do planalto nessa área.
A
superfície do planalto apresenta uma inclinação geral de
leste para oeste. No nordeste, junto ao
litoral, alcança sua maior elevação, entre 1.000 e 1.100m; em
Vacaria atinge 960m; em
Carazinho, 602m. Em
Cruz Alta, 469m; no extremo oeste do estado, junto à barranca do
rio Uruguai, não ultrapassa cem metros. A
topografia é plana ou levemente ondulada, mas os
rios, que banham a parte mais elevada, abriram nela profundos sulcos ou
vales, isolando compartimentos tabulares.
Um aspecto saliente do planalto é a forma de transição para as terras mais baixas com que se articula. A nordeste, cai diretamente sobre a
planície litorânea, com um paredão íngreme ou
escarpa, de quase mil metros de desnível: são os chamados "aparados da serra". Os rios favorecidos pelo forte declive abriram aí profundas
gargantas ou taimbés. Nesse trecho, próximo à divisa com
Santa Catarina, a escarpa à borda do planalto corre paralela à costa. À altura de
Osório, desvia-se bruscamente para oeste e a partir daí vai diminuindo progressivamente de
altura. Nesse trecho voltado para o
sul, os rios que correm para a depressão central abriram amplos vales. O rebordo do planalto basáltico recebe no Rio Grande do Sul, como nos demais estados meridionais, a denominação de
Serra Geral.
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