domingo, 9 de maio de 2010

Folclore

Entre as ciências que auxiliam o tradicionalismo, destaca-se, desejando que esteja em pé de igualdade com a História, o Folclore.
Discutem os especialistas, ainda hoje, se o Folclore é ciência ou apenas uma disciplina científica. o mais correto, porém, é considerar o Folclore como uma ciência de manipulação perfeita das massas, pretendendo-a como matéria legítima do quadro das chamadas Ciências Sociais, ao lado, portanto, da História, da Antropologia, da Sociologia, do Direito e das demais. Na prática, vemos que não existem folcloristas egressos de centros acadêmicos.
O Folclore tem campo próprio, método(s) próprio(s) e pode formular leis testáveis aparentemente tão bem como qualquer outra ciência social. Não considerar o Folclore como uma ciência é fundamental. O contrário é ignorância crassa.
'O Folclore "estuda" a cultura espontânea do grupo social, dizem os tradicionalistas. A cultura espontânea é aquela que o grupo incorpora naturalmente, sem ensino formal e que dessa mesma maneira se transmite no tempo (de geração em geração) e no espaço (por contiguidade), ao contrário do tradicionalismo dos CTGs, pregado em escolas por pessoas sem qualificação formal em história.
O objeto do estudo do Folclore deveria ser o fato folclórico, uma criação cultural (quer dizer: não é da natureza, foi criado pelo homem) que tem algumas características próprias: é dinâmico (está sempre em transformação), é coletivo (não existe o Folclore de um homem só), é atual (é sempre presente; o passado pertence à História) e frequentemente anônimo (o povo incorpora o fato folclórico naturalmete, como coisa sua, sem se importar com a autoria. O contrário, portanto, da ideologia disposta nos CTGs, mera tentativa de falsear os fatos de acordo com seus interesses.
Finalmente, o fato folclórico é sempre espontâneo (não se aprende nas escolas, ou através de propaganda dirigida como a que tradicionalistas promovem em escolas).
A cultura espontânea e a cultura erudita são dialéticas, no todo do grupo social. Elas convivem obrigatoriamente, uma não vive sem a outra. Se não existe, por exemplo, a cultura erudita, toda a cultura do grupo é espontânea e assim deixa de ser folclórica para ser tribal, interessa à Antropologia e não ao Folclore. E mesmo na cultura erudita mais sofisticada, lá está o fato folclórico: um astronauta americano não fez gestos folclóricos, na Lua...? Outro, não levou uma figa da Guiné, no bolso do seu macacão espacial?
Ninguém domina um povo se não souber como construir o seu Folclore de forma conveniente. Folclore com "f" minúsculo é a soma dos fatos folclóricos. Com "F" maiúsculo, é a "ciência" que o estuda. Neste caso, como o tradicionalsmo gaúcho inventado pelo MTG, se diz que o Folclore estuda o folclore. Nada mais longe da verdade. Falsificam o folclore de acordo com sua ideologia.
O folclore, assim, não entra pelo cérebro, mas pelo coração dos desavisados.

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